segunda-feira, 14 de março de 2011

@liscapisca Meets The Television: Rede Grobo....Fuc !!!


Não tem como não questionar o inquestionável: afinal de contas, por que raios a Globo se mantém como a emissora de TV mais conhecida, mais assistida e mais amada (?) do país sem respeitar seu público? Será que o telespectador é masoquista? Vamos aos fatos:
1) Essa semana saiu a notícia de que a Rede TV passaria a transmitir os jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol e o que se viu no Twitter foi euforia entre os contentes em poderem ouvir comentários de Sílvio Luiz (aprendemos na última Copa que Galvão Bueno NÃO é unanimidade entre as multidões) e os aliviados por finalmente poderem assistir a um jogo de futebol em horário decente. Então os jogos de quarta-feira começando depois da novela teriam seus horários determinados pela Rede Globo? Coisa estranha, mas enfim, parece que essa era das trevas chegou ao fim;
2) Quem gosta de carnaval e acompanhou tanto o desfile das escolas de samba (na Globo) quanto o desfile das campeãs (na Band) percebeu a diferença no tratamento da coisa toda. A Band posicionou câmeras que permitiram ver detalhes de alegorias que passaram imperceptíveis na Globo. Por isso desfiles são tão cansativos até para quem gosta: não dá para ficar uma hora vendo as coisas do mesmo ângulo. Só quando assisti ao desfile da Unidos da Tijuca na Band é que entendi porque tinha tanta gente no Twitter dizendo que o campeonato para a Beija Flor fora roubado (e pela Globo, mas aí já acho que é teoria da conspiração demais). Para não falar na mesquinharia com Ana Hickmann, que só foi anunciada depois de se arrebentar no chão (um monstro corporativo não pode dar crédito para funcionário da concorrência? Era só identificá-la como a modelo);
3) A Rede Globo insiste em comprar os direitos de transmissão do Oscar apenas para tirar o produto do mercado. O evento começa a ser apresentado sempre já pelo meio, depois da entrega de alguns prêmios e ignorando-se toda a constelação hollywoodiana no tapete vermelho. Quem gosta desse tipo de atração quer ver detalhes, do começo ao fim, não quer um produto picotado. E existe um público grande consumindo esse tipo de transmissão, pois quando as TVs a cabo apresentam as premiações do Grammy, Emmy, Tony, Bafta, Globo de Ouro (para não falar das da MTV), o assunto acaba sempre parando no Twitter. Então, se você não paga TV a cabo, é azar o seu que a Globo compre esse evento todos os anos;
4) As séries. As manhãs de domingo da Globo, no século passado (!), já foram muito interessantes. A emissora exibia seriados como MacGyver, Doogie Howser, Os Anjos da Lei (21 Jumpstreet) uma vez por semana, como tem que ser (senão chama-se “novela” e já falamos sobre isso em outra coluna). O que acontece hoje: dois (três?) anos depois da estreia de Lost, a Globo tasca um episódio depois do outro nas férias de janeiro após a uma da manhã ao longo de três semanas. Viu? Viu; Não viu? Vá alugar. Por que não deixou para o SBT comprar? Eles também passam séries todos os dias SUPER tarde da noite, mas as temporadas terminam e se reiniciam, e você as assiste quando está de férias, quando as férias acabam, ou até quando o tio Sílvio resolver tirá-las do ar. A Globo já enterrou uma sitcom excelente chamada Spin City que era exibida às cinco da manhã e seria muito mais interessante num sábado à tarde. Ontem escutei que a Vênus Platinada apresentará novas séries esse ano. “Logo” depois do Jô. Sério mesmo, depois das duas da manhã? Obrigada pela esmola, Rede Globo, e acima de tudo pelo respeito por seu público, que só deve estar por aí ainda porque tv a cabo é cara.

Bobagens sobre a TV em tempo real – sigam-me os bons: @liscapisca.

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