segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

@liscapisca Meets The Television...e o Show da Virada!!!!


Ontem a Globo presenteou seus telespectadores com o filme feito com imagens recolhidas dos ensaios da turnê This Is It, de Michael Jackson, que, como você bem sabe, não aconteceu (mas, se assistiu ao filme, percebeu que teria sido um dos maiores espetáculos já vistos na Terra). A emissora acertou na escolha do filme para uma noite em que provavelmente ainda tinha muita gente reunida em família, pois é difícil encontrar quem não goste de Michael Jackson – não se trata de um artista por cuja obra as pessoas tenham rejeição.

Enfim, Michael Jackson se foi, deixando um legado invejável para a música, e o que nos restou? O Show da Virada.

Ah... o Show da Virada é daquelas coisas que, se você tiver um firme propósito de começar o ano novo com otimismo, ele chega e acaba com sua boa intenção. Apresentado pela Globo há... 10? 15? Sei lá quantos anos, mas parece uma eternidade, o Show da Virada é a melhor demonstração da consideração que a Rede Globo tem por você, telespectador. Eles gravam um show com 510 dos artistas que mais se destacaram no ano que passou e cujos estilos nada têm a ver uns com os outros. A intenção é boa: tentar agradar o maior número possível de pessoas. O resultado: você ouve uma (duas, talvez) música(s) do seu agrado e passa as outras 342 orando pro ano acabar (e aquele martírio junto). Ou vai me dizer que você é do tipo que gosta de NX Zero E Jammil E Michel Telo, só para citar alguns incompatíveis? Cada artista canta uma música só, mas você sabe que ele está ali naquele palco há pelo menos duas horas, pois nada justifica o cara entrar no ar já suando em bicas (a visão de Luan Santana pingando – além de sua calça inominável – é a imagem que vai perseguir meus pesadelos ao longo de 2011). Se a ideia é apresentar um show, e não só uma música, para o público presente (pagante?) e dele extrair apenas um trecho para ir ao ar na colagem, a produção deveria ter o cuidado de programar a música que vai ao ar para o início do show. Assim, pelo menos, o artista entra na sua casa com carinha de quem tomou banhinho e se perfumou para fazer parte da sua festa de fim de ano. Mas cadê que a produção pensou nisso...?

Enfim, mistureba de estilos, artistas em estado de fim de feira e, como não podia deixar de ser, não uma, mas duas divas do Axé, que por mais grandiosas que sejam, você já não aguenta mais ouvir falar, devido à constância de seus nomes na mídia nos últimos meses. E, como se não bastasse, após o intervalo para a contagem regressiva, uma delas volta. Alguém pensou em overdose?

O mais incompreensível foi aquele blazer branco dos moleques do Restart. Nada mais sem pé nem cabeça. Você passa o ano inteiro os vendo fazer as combinações de cores mais esdrúxulas (porque isso é parte do estilo deles) e, no último dia do ano, a produção da Globo enfia um casaquinho branco em cada um (só pode ter sido coisa de produção, já que, com exceção do baterista, a roupa dos demais “músicos” não combinava e todos sabemos que o visual é um dos itens mais importantes na apresentação deles). Por que foram fazer isso? Porque é ano novo, o mundo é uniforme e todo mundo tem que fazer exatamente a mesma coisa: ouvir as mesmas músicas que ninguém aguenta mais ouvir depois de um ano inteiro, com todo mundo vestido de branco em frente à televisão, sintonizada na Rede Globo. Porque vá tentar fugir dessa transmissão quando tem mais de 5 parentes seus juntos (aliás, é um dos meus sonhos descobrir o que acontece em QUALQUER um dos outros canais quando se aproxima a meia-noite do dia 1º de janeiro).

Se você consegue fugir disso, nos ensine sua técnica para termos um réveillon mais agradável no ano que vem!

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